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A HISTÓRIA DO JORNALISMO NO BRASIL



Jornalismo é a atividade profissional que consiste em lidar com notícias, dados fatuais e divulgação de informações. Também define-se Jornalismo como prática de coletar, redigir, editar e publicar informações sobre eventos em geral. Jornalismo é uma atividade de Comunicação, especialmente pública.”
A descrição acima é facilmente encontrada na Internet; neste caso, no endereço da Wikipedia. E leva a uma visão geral das atividades encontradas dentro do conceito de jornalismo. Entretanto, ao se aprofundar um tanto mais no tema, é possível verificar que o termo adquiriu abrangência extrema ao longo do tempo.
Início
Até a independência de Portugal, as atividades jornalísticas no Brasil eram ocasionais. Como colônia, o país não poderia instituir sequer escolas superiores. Apesar disso, alguns estudiosos consideram as cartas pessoais, trocadas entre colonizadores e seus parentes do além-mar, como expressão de uma espécie de jornalismo embrionário. Sob esse raciocínio, muitos desses observam que a carta de Pero Vaz de Caminha apresenta características bastante próximas das do jornalismo.
A chegada da Família Real, que buscou na sua maior colônia o refúgio necessário das tropas de Napoleão, foi um marco de desenvolvimento geral para o Brasil de então. Por decreto do príncipe regente D. João, oficializou-se a divulgação de notícias diversas no País, em maio de 1808. Em princípio, eram mais informes políticos, mas o interesse público fez ampliar a abrangência da instituição, dando origem posteriormente a empresas da área.
Os Primeiros Veículos
Com a instalação de Família Real Portuguesa no Brasil, instalou-se também a oposição. O primeiro jornal brasileiro, Correio Braziliense, foi criado com bases oposicionistas. Tendo sido editado na Europa por 14 anos seguidos, nasceu dos esforços do gaúcho Hipólito José da Costa. Rebelde, com profundos conhecimentos sociais e pleno ativista, da Costa foi imediatamente considerado um perigo aos poderes reais. Como retaliação aos planos do republicano, D. João VI criou a Imprensa Régia para editar o jornal monarquista Gazeta do Rio de Janeiro. Pode-se dizer, então, que o jornalismo brasileiro tem em suas raízes a controvérsia.


Com o passar do tempo, o Jornalismo foi se adaptando às épocas, quase como obrigatoriedade de sobrevivência. De maneira fácil, passou das notícias políticas aos informes sociais e esportivos, tendendo sempre ao que o já exigente mercado requeria. Por esse aspecto, o jornalista passou a ser visto ou como inimigo ferrenho ou como aliado indispensável do político, do esportista, das celebridades sociais.
Nenhuma outra atividade profissional mantém tantos elos diretos com a sociedade, e a formação desta, que a jornalística. Talvez nem mesmo a política que, em tese, é a representante mais próxima das características de uma comunidade. Isto é fato porque, apesar de ter suas regras éticas específicas e leis regulamentadoras, o jornalismo toca o que a coletividade tem de mais humano. Desta forma, a maneira como o leitor compreende uma informação depende de sua formação social e mental. O slogan da página do OI – Observatório da Imprensa apresenta como pano de fundo uma idéia da complexa relação entre sociedade e jornalismo: você nunca mais vai ler jornal do mesmo jeito.
O jornalista João Drummond, no jornal O Globo de 16/10/07, classifica o jornalismo como missão nobre e ingrata, pois é capaz de levar alegrias e decepções no mesmo momento. As notícias abaixo são capazes de mostrar a contradição acima.

Objetivos
Contextualizar historicamente o surgimento da imprensa no mundo e nos países lusófonos. Promover o debate sobre o papel da imprensa ao longo da História na contemporaneidade. Demonstrar e discutir a ação do jornalista na história, ressaltando as mutações da profissão, vinculando o trabalho jornalístico às transformações da sociedade capitalista. Analisar os condicionamentos enfrentados pelos jornalistas e as opções adotadas nas diversas conjunturas históricas.
Ementa
Estudo do jornalismo enquanto produção e circulação da informação no capitalismo a partir do século XVI, nos momentos de rupturas e de tensões sociais, com destaque para conjunturas da história a partir do século XVIII. Análise das diversas fases da imprensa brasileira, nos aspectos político, literário e técnico-industrial.
Conteúdo programático
Pré-Jornalismo

1. História dos conceitos, técnicas e organizações jornalísticas.
2. Função social, política, econômica e cultural do jornalismo.
3. O jornalismo como história em feitura permanente: narrativa do presente.
4. Desenvolvimento dos meios de comunicação e impacto nos acontecimentos sociais.
5. A pré-história da imprensa.
1. Os primórdios do jornalismo: relatos de viajantes na Antigüidade.
2. A Acta Diurna romana.
3. Os trovadores medievais como cantadores de notícias.
4. A invenção da tipografia e da prensa móvel (Gutenberg).
Gênese do Jornalismo
1. Século XVI ao XVIII
1. A evolução da tipografia.
2. Ambiente socioeconômico e religioso na transição da Idade Média para a Idade Moderna.
3. O Renascimento, a Reforma e as novas necessidades de informação.
4. Condições históricas do surgimento e formação de um público leitor.
5. As primeiras gazetas e corantos (Países Baixos e Alemanha).
6. Diversificação da imprensa nos séculos XVII e XVIII.
1. Criação dos primeiros impressos periódicos com conteúdo noticioso.
Jornalismo Pré-Industrial
1. Século XVIII
1. A revolução industrial e as grandes invenções.
2. Imprensa e transformações históricas na modernidade: Revolução Inglesa (1688) e início do capitalismo.
3. Os jornalistas na Revolução Francesa, nas Guerras Napoleônicas e na ascensão da burguesia.
1. O L'Ami du Peuple.
2. Século XIX (até c.1870)
1. Da fase romântica à fase industrial.
2. Transição para os jornais impressos diários.
3. Evolução dos regimes políticos e seus efeitos na imprensa.
4. Predomínio dos padrões franceses.
5. O jornalismo de campanha: manifestos e virulência em folhas artesanais.
6. A imprensa popular: pasquins e tablóides.
7. O jornalismo e as lutas da classe operária na Europa (cartistas, socialistas, anarquistas).
8. O jornalismo e os nacionalismos europeus.
1. O caso Dreyfuss.
Jornalismo Industrial
1. Século XIX (pós-1870)
1. A era dos grandes jornais.
2. A evolução dos processos de comunicação impressa.
3. Inovações tecnológicas na produção de jornais:
1. Introdução da máquina a vapor na impressão.
2. O linotipo e a impressão a quente.
4. As agências de notícias.
5. O telégrafo.
6. A imprensa sensacionalista e o aumento das tiragens.
7. Luz elétrica, telefone e rádio: notícias imediatas.
8. A produção industrial de jornais e o surgimento do lide.
9. O modelo estadunidense de jornalismo: lide, objetividade, descrição e serviço.
10. Imprensa e expansão capitalista dos EUA nos séculos XIX-XX.
2. Século XX
1. A Primeira Guerra Mundial.
2. Os jornalistas e a esquerda: a Revolução Russa de 1917.
3. Imprensa e ascensão do nazi-fascismo.
4. Imprensa e Grande Depressão.
5. O surgimento do jornalismo no rádio.
6. O jornalismo de esquerda europeu: o Libération, o L'Humanité, o Il Manifesto.
7. O jornalismo no mundo socialista: do agitprop à contra-informação. O Pravda. A TASS. A Xinhua. A Tanjug.
8. Da imprensa à mídia: influência e polarização na Guerra Fria (1945-1989)
9. Jornalismo e controle da informação em fins do século XX.
Jornalismo Pós-Industrial
1. Século XXI
1. Jornalismo, globalização e mercado.
2. O advento das novas tecnologias.
3. A Internet e seu alcance mundial.
4. Fim da bipolaridade e abandono da objetividade: a imprensa estadunidense na invasão ao Iraque (2003)
5. Novas tecnologias e alternativas para o jornalismo (imprensa alternativa, micro-empresas, twitter etc.)
6. Jornalismo fora da mídia: jornalismo cidadão, jornalismo colaborativo, wikijornalismo
7. Censura e liberdade de imprensa.
História da Imprensa no Brasil
1. História do Jornalismo no Brasil: periodização, temas e personagens.
1. Relações entre imprensa e poder no Brasil.
2. Nascimento tardio da imprensa brasileira em relação à América Hispânica.
3. Proibição das prensas e folhas de notícias pré-1808.
4. O surgimento da imprensa no Brasil Colônia: Correio Braziliense x Gazeta do Rio de Janeiro
5. Imprensa áulica, panfletária e artesanal.
6. Papel da imprensa na independência.
7. Desenvolvimento da imprensa durante o Primeiro Reinado.
1. D. Pedro I e a Censura.
2. Papel da imprensa na abdicação de D. Pedro I.
8. Imprensa brasileira durante a Regência e o Segundo Reinado
1. Papel da imprensa na Maioridade.
2. Suspensão da Censura sob D. Pedro II.
3. Imprensa dos coronéis, bacharéis e menestréis.
4. Dependência técnica e cultural da imprensa brasileira.
5. Jornalismo e desenvolvimento capitalista no Brasil
6. Papel da imprensa na proclamação da República.
9. Jornalismo brasileiro durante a República Velha, Tenentismo e Revolução de 30.
1. Imprensa das elites e imprensa dos trabalhadores.
2. Panorama da imprensa sob a censura do Estado Novo.
10. Imprensa brasileira na República Nova
1. Ascensão do império de Assis Chateaubriand (Associados).
2. Reformas do Diário Carioca e do Jornal do Brasil.
3. Transformações originadas pelo rádio e pela televisão.
4. Desenvolvimento da atividade profissional do jornalista no Brasil.
1. Constituição de um mercado de trabalho e ação política e social.
2. Das associações corporativas aos sindicatos profissionais.
11. Imprensa brasileira no Regime Militar e Redemocratização
1. Os jornalistas e o golpe de 1964: opções ideológicas e profissionais.
2. Jornalistas brasileiros exilados.
3. Panorama da imprensa sob a censura da Ditadura Militar.
4. Jornalistas brasileiros e resistência à (ou colaboração com a) Ditadura.
5. Criação dos cursos de Comunicação Social no Brasil.
6. Lei da Imprensa, regulamentação da profissão e exigência do diploma.
7. Ascensão do império de Roberto Marinho (Globo).
8. Movimentos sindicais e greves de jornalistas nos anos 1980.
9. A mídia e o processo de redemocratização: das Diretas às eleições de 1989.
10. Informatização das redações e mudança do perfil dos jornalistas brasileiros.
2. Características da imprensa brasileira na atualidade.
3. Relação com a realidade brasileira.

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