O telescópio espacial Hubble foi lançado em 1990 e, desde então, registra imagens fascinantes do universo. Posicionado a 600 km da atmosfera terrestre, o Hubble é um telescópio refletor que possui um espelho com 2,4 m de diâmetro. A partir das imagens fornecidas por esse telescópio, foi possível determinar a existência de uma infinidade de galáxias, analisar a evolução de estrelas, encontrar buracos negros, desvendar a evolução do universo etc.
Com o objetivo de potencializar as pesquisas referentes à
formação do universo, um telescópio 100 vezes mais potente que o Hubble será
lançado em 2018.
O telescópio espacial James Webb é um projeto de
8,8 bilhões de dólares realizado pela NASA (Agência
Espacial norte-americana) e que substituirá o “velho” Hubble.
25 anos de desenvolvimento. Mais de R$ 56 bilhões gastos.
Capacidade para observar eventos que aconteceram há bilhões de anos.
O Telescópio Espacial James Webb (JWST), que será lançado ao espaço neste sábado (25) de Natal, com transmissão ao vivo pelo Olhar Digital a partir das 8h50 (horário de Brasília), é superlativo sob todos os aspectos.
Não é a toa que ele é considerado, além da mais cara, uma
das missões mais importantes na história da agência espacial norte-americana,
a NASA.
Mas o que é o JWST? Porque seu nome é tão polêmico? O que os
cientistas esperam dele? Neste especial, responderemos a estas e outras
perguntas sobre este instrumento que pode ser peça fundamental para
compreendermos a origem da vida na Terra e o futuro da humanidade.
Possui espelhos com, aproximadamente, o triplo do tamanho do espelho do Hubble;
Será posicionado a uma distância de 1,5 milhão de
quilômetros da Terra, em um ponto onde a gravidade do Sol e a gravidade da
Terra anulam-se;
Captará a radiação infravermelha de inúmeros corpos
celestes espalhados por todo o universo. Para evitar a interferência da
radiação infravermelha gerada por si próprio, pelo Sol, pela
Terra e Lua, operará em uma temperatura de - 233 °C
A grande distância entre o James Webb e a Terra
impossibilitará uma missão tripulada para manutenção
A precisão desse telescópio é tão grande que, se ele fosse
instalado na Terra, seria possível enxergar um inseto na Lua;
James Webb é o nome de um administrador da NASA que atuou
entre 1961 e 1968. Na administração de Webb, o projeto Apolo, que resultou na
viagem do homem à Lua, foi desenvolvido.
Onde o
James Webb vai ficar?
Em contraste ao Hubble, que orbita a cerca de 500 Km acima de superfície de nosso planeta, o James Webb ficará a 1,5 milhões de km da superfície, em uma região do espaço conhecida como Ponto de Lagrange L2 no sistema formado pela Terra e o Sol, além da órbita da Terra.
Os pontos de Lagrange, batizados em homenagem ao astrônomo
francês Joseph-Louis Lagrange, que descobriu dois deles em 1772, são pontos no
espaço onde a atração gravitacional exercida por dois corpos (em nosso caso,
Terra e Sol) cancela a aceleração centrípeta.
Com isso, pequenos objetos colocados lá, como satélites,
podem naturalmente se manter em uma posição estável em relação a eles, com
poucas correções de órbita necessárias para isso.
A localização foi determinada, em parte, pelos instrumentos
usados no JWST.
Como ele foi criado para observar o universo na frequência
infravermelha, seu espelho e instrumentos precisam ser mantidos muito frios, a
-223 ºC, para poderem operar sem interferência. A distância de nosso planeta, e
da luz infravermelha refletida por ele, ajuda a atingir este
objetivo.
Jair Ribeiro Juquinha
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